A HISTÓRIA + ASSUSTADORA!

HISTÓRIA DE TERROR - CREEPYPASTA - DEPOIMENTO DO CASO DE HOMICÍDIO 231

  Antes do inicio do meu depoimento, eu queria dizer que sou inocente, e o verdadeiro monstro está a solta. Meu nome é Samini, sou da pequen...

DÁ 1 REAL PELA HISTÓRIA?

HISTÓRIA DE TERROR - Monstros em Meus Ombros - Capítulo 3


Para ampliarmos a sensação de suspense inserimos uma trilha para ser tocada acompanhado a leitura. (Não sejam covardes)



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Capítulo 3 - A Festa Surpresa




- Ei, acorda cara! – Ouvi uma voz distante ecoar. – Acorda, Matt!...

A voz foi abafada por um forte som que mais parecia uma ventania. Abri meus olhos.

- Que porra é essa?! – Berrei em desespero.

Eu estava em queda livre.  A sensação era incrivelmente desesperadora. A princípio parecia que a queda não teria um fim, mas finalmente lá estava ele, o maldito chão. Ele estava cada vez mais próximo e meu corpo cada vez mais rápido. Não conseguia pensar em mais nada. Meus berros já estavam no piloto automático. Fechei os olhos o mais forte que pude e desatei a soltar minhas possíveis últimas palavras: Fodeeeeeeeeu!!!

- Calma, cara! – Ouvi a voz de Gih dizer,  em um tom de preocupação e riso contido. Enquanto eu me debatia em cima da minha carteira. - Que porra é essa?

De volta a realidade, abri meus olhos. Visão embaçada, típica de meu acordar pós-pesadelo. Estava na sala de aula. Todos me encaravam. Não os culpo.  Afinal, quem não olharia para o cara que acabou de se debater e gritar "fodeu" sem nenhuma razão aparente em uma sala de aula que se encontrava em total silêncio?

- Tão olhando o que?! – Disse Gih, com rispidez. – Ele só teve um pesadelo!

O sinal tocou e todos saíram rapidamente da sala. Era o último tempo de aula. O relógio marcava cinco e meia.

- Talvez não tivesse pesadelos se não dormisse nas aulas, senhor Rodrigues. – Disse o professor Benjamin de história. Olhando com indignação e repulsa para mim e para Gih, enquanto saia da sala, se juntando aos alunos no corredor.

- Babaca! – Gih sussurrou.

- Pode crer! – Assenti.

- Vamos para minha casa... – Disse Gih,  mudando totalmente de humor. - Você tem que se arrumar logo pra sua festinha. Comprei umas roupas pra você. Feliz aniversário, cara!

- Valeu, Gih – Sorri para ela.

Gih é de longe a minha melhor amiga. Baixinha, olhos castanhos claros e cabelos cacheados. Há quem diga que namoramos secretamente por sermos muito próximos. Tia Cassie então, sempre me entrega camisinhas e me dá sermões quando digo que vou a casa dela. Mal sabe ela que Gih já ficou com mais garotas em uma noite do que eu em toda a minha vida.

Saindo da sala e indo direto para o corredor, notei que todos do meu circulo de amizade já não estavam mais na escola, o que era bastante animador. Talvez agora eu encontrasse meus amigos e uma festa surpresa em casa e não um bando de caras mascarados aparentemente liderados pelo meu falecido pai.

Não conversei muito com a Gih no caminho até a casa dela. Minha mente ainda estava presa naquele último pesadelo e acho que ela notou isso, já que não disse uma palavra.

Quando eu era criança, havia se tornado comum ter esse tipo de sonho. Chegou um tempo em que eu já não acordava mais soando frio e ofegante durante a madrugada. Só simplesmente abria os olhos e ficava lá esperando o sol raiar pela janela. Quando se tornou rotina, os pesadelos já não influenciavam mais em nada no meu dia. Na maioria das vezes até os esquecia. Mas acho que depois de três anos sem se quer uma noite mal dormida, meio que acabei esquecendo o quanto eles eram assustadores. Tenho medo das vozes estarem voltando, foi exatamente assim quando tudo começou.

-Ei cara, está esperando o que? – Ouvi Gih dizer. Estávamos parados em frente à porta de uma casa. – Não vai entrar não?

- Ah, uau! Eu estava viajando aqui... Foi mal – Sorri para ela e entrei. Eu realmente não tinha me dado conta de que já estávamos na casa dela.

- Euem... Você tá doidão cara? – Respondeu ela, com um sorriso sem graça enquanto fechava a porta.

Gih conhece toda a minha trágica história e todo o meu histórico de loucura. Embora eu já tivesse deixado bem claro que não me importo mais com o assunto, sempre noto que ela mede as palavras para fazer piadas sobre gente doida e sempre toma cuidado com o que vai dizer em feriados como "Dia dos Pais" e "Dias das Mães". Ela também costuma tomar minhas inexistentes dores quando alguém diz algo que pode ou não de alguma forma me recordar o passado e fazer com que eu tenha uma "profunda e terrível crise de tristeza". Eu realmente não sinto nada ao pensar no passado, sabe? Tudo foi tão louco que depois de tanto tempo soa para mim como mais um pesadelo. As únicas coisas que me vem à mente são um monte de "Por quês" que nunca serão respondidos. Tento não pensar muito neles, pois sinto que se eu o fizer, acabarei ficando louco de verdade.

-Toma, veste isso aqui e vê se você gosta. – Disse Gih. Entregando-me um embrulho colorido que aparentemente tinha roupas dentro.

- Tam, taam, taaam... O que será? – Disse enquanto abria o embrulho – Olha só... Uma camisa do Baymax e uma jeans preta! Que look mais trevoso.

- E ai? Gostou ou não? – Perguntou ela, sorrindo impaciente

- Mas é claro, meu amor! – Sorri, chamando a para um abraço – Vem aqui!

- Idiota – Disse ela, enquanto nos abraçávamos.

- Valeu Gih – Sussurrei.

- De nada, gayzão – Ela sorriu e sussurrou também.

Ficamos abraçados por uns dez segundos até que ela saiu dos meus braços e sentou na cama segurando as minhas mãos. Ela olhava nos meus olhos, parecia preocupada. Não era muito comum vê-la tão séria.

- O que tá acontecendo contigo, cara? – Perguntou. – O que foi aquilo lá na sala?

- Foi só um pesadelo, relaxa. – Respondi.

- Eu percebi que foi um pesadelo, mas como foi? – Ela apertou forte as minhas mãos

- Tá legal, vejamos... – Respirei fundo. - Eu não me lembro de muita coisa, sabe? Lembro-me do Jon pedindo que eu fosse com ele comprar umas coisas para a mãe dele no supermercado. Lembro que depois estávamos na minha casa e que de repente ele sumiu. Foi assustador, mas pensei que fosse alguma brincadeira. Então, andei pela casa procurando por ele. Depois disso, teve um cara mascarado que apareceu na entrada da cozinha e logo em seguida, uma voz familiar sussurrou meu nome em meu ouvido. Lembro-me também de ouvir a tia Cassie pedir socorro e correr desesperadamente para cozinha, porque aparentemente era de lá que vinha os gritos. Vi um bolo com os dizeres "Feliz Aniversário, Rôn" e por fim, fui esfaqueado pelos caras mascarados. O mais assustador, é que enquanto eu caia no chão um deles tirou a máscara... e... era o meu pai. Foi tudo tão real... – Olhei para ela - Entendeu alguma coisa?

Gih estava me olhando atentamente, com uma cara de quem não tinha entendido nada, abraçando um travesseiro e balançando a cabeça como quem diz "claro".

- Tá bom, Matt – Disse ela, respirando fundo. – Vamos esquecer tudo isso e dançar até não aguentar mais lá na sua festinha, beleza?

- Parece um bom plano – Sorri.

- Então se arruma logo, vai! – Ela tacou o travesseiro que estava segurando em mim.

Confesso que fiquei feliz por Gih não insistir muito no assunto. Não queria me abrir o bastante a ponto de dizer que estava com medo... Muito medo.

[...]

- E ai?... Tá pronto? – Gih perguntou, com um sorriso de orelha a orelha. Estávamos na porta da minha casa.

- Um pouco nervoso – Respondi

- Relaxa, respira fundo e vamos nessa! – Ela abriu a porta e rapidamente acendeu a luz.

- SURPRESA! – Gritaram – FELIZ ANIVERSÁRIO, MATT!

Eu não sabia como reagir, não estava totalmente pronto pra isso. Olhei para cada um dos rostos que estavam lá me encarando, esperando de mim uma reação do tipo: "Uau, eu não esperava isso!". Senti uma puta pressão.

Basicamente,  eram todos os meus amigos da escola; Jon, Gabe, Dave, Amy e Vinny. Tinha também, é óbvio, a tia Cassie e o tio Lincoln. Uns vizinhos que eram amigos deles. E uma garota, não sei o nome dela. Já a vi algumas vezes na escola, mas só dissemos "Oi" um pro outro uma vez. Era amiga da Amy. Nunca imaginei que ela estaria aqui e agora.

Balançando a cabeça pra cima e para baixo, com um sorriso constrangido. Levantei a mão direita, fiz um aceno e... Rufem os tambores!

- Oi... – Foi tudo o que consegui dizer. Senti-me um fracasso.

Logo em seguida, falei rapidamente com cada um. Apertei as mãos de Gabe, Dave e Vinny, acenei para tia Cassie, tio Lincoln e os vizinhos, dei um soco nos magrelos braços de Jon e fui em direção a Amy e sua amiga desconhecida.

Amy e eu quase tivemos um lance, mas nunca chegamos a ficar de verdade. Ela dizia estar confusa sobre a vida dela, sobre um ex-namorado, esse tipo de coisa. Como não sou bem a personificação da paciência, acabei optando por ficarmos apenas no círculo da amizade.

- Amy! – Disse, de braços abertos.

- Matt! – Respondeu,  me apertando forte durante o abraço.

Amy tinha longos cabelos cacheados, feições indianas, olhos castanhos escuros e era um pouco gordinha. Diga-se de passagem que aquele abraço foi esmagador.

Depois que Amy me soltou, virei-me para cumprimentar a amiga dela. Nunca havia reparado no quanto ela era fisicamente atraente. Cabelos negros e lisos com mechas roxas e azuis que batiam em seus ombros. Sua pele era morena e seus olhos eram de um castanho cor de mel bem claro.  Devia ter 1,70 de altura. Ela usava uma camisa xadrez vermelha, uma regata preta e uma saia escura que ia até os joelhos.

- Olá, moça! – Acenei.

- Oiiiii – O jeito que ela estendia o "i" quando dizia "Oi" era estranhamente meigo.

Ela se aproximou de braços abertos e me abraçou bem forte. Não foi como um abraço convencional que dura menos de cinco segundos. Foi o abraço mais longo da minha vida.Não fazia nem cinco segundos que nos conhecíamos e já parecia que ela era minha esposa e eu havia acabado de chegar do Vietnã. Abracei-a de volta, meio constrangido e começamos a conversar, ali mesmo, abraçados no meio da festa.

- E então?... – Comecei. – Qual o seu nome, moça?

- Cassandra – Respondeu ela. Sua voz era tão doce.

- Ah, que legal! – Sorri. – Eu sou o Matthew, mas meus amigos me chamam de Matt.

- Eu sei... – Ela sorriu, apertando o rosto contra meu peito. – Minhas amigas me chamam de Cass...

- Ah, legal... Prazer Cass!... – Eu parecia um idiota falando.

- Essa sua camisa do Baymax é tão linda! – Disse ela, me apertando mais forte.

- "Eu sou o Baymax, seu agente pessoal de saúde" – Eu disse, em uma tentativa falha de imitar o Baymax.

- Que fofinho! – Ela disse e então olhou para mim. – "Peludinho!"

Sorri para ela. Com certeza a imitação dela foi melhor do que a minha. Cassandra tinha um jeitinho indescritivelmente meigo e extremamente apaixonante. Mas há quem possa suspeitar que ela estava sob o efeito dos verdes entorpecentes medicinais.

- Opa! – Dave surgiu ao lado de Amy.

- Fala ai, Dave – Eu disse.

- Oi! – Cassandra olhou para Dave e acenou. Não me soltou nem se quer por um segundo.

Dave então pôs uma das mãos na boca como quem segurava o riso e começou a apontar discretamente o dedo indicador para Amy, que estava olhando para mim e para Cassandra com os olhos faiscando de ódio.

- Vocês se conhecem faz quanto tempo? – Perguntou Dave, fingindo estar curioso. Dave era maquiavélico. Ele sabia que a resposta deixaria Amy ainda mais furiosa.

- Cinco minutos! – Eu e Cassandra respondemos ao mesmo tempo. Olhei para ela e ela para mim. Rimos um para o outro. Amy se retirou revirando os olhos e Dave desatou a rir.

- Boa sorte, moleque! – Sussurrou ele, enquanto também se retirava. – Depois me conta tudo!

- Acho que a Amy ficou chateada. – Disse Cassandra. Em um tom de voz triste, enquanto me soltava. Ela ficava ainda mais fofa quando falava daquele jeito.

- É... Eu também acho... – Forcei uma cara de triste.



Um telefone começou a tocar. Tateei meus bolsos procurando pelo meu, mas era o de Cassandra que tocava. Enquanto ela o procurava em sua mochila, cuja ilustração era a bandeira do Reino Unido, tudo o que eu conseguia pensar era "Por favor, não seja um namorado, não seja um namorado...". Ao encontra-lo, ela rapidamente o atendeu.

- Tá bom, tá bom... – Disse ela, com uma expressão ainda mais triste. – Já estou indo.

- Ei, tá tudo bem? – Perguntei, preocupado.

- É o meu pai... Ele está me mandando ir pra casa – Respondeu ela. - "Isso não é hora de mocinha estar na rua, dona Cassandra".

- Ah, é melhor a senhorita ir então, "dona Cassandra". – Sorri para ela. Nããão! Berrei por dentro. Eu poderia assisti-la imitando o pai dela o dia inteiro e continuaria encantado com seu jeito meigo de falar e se mover. – Nos vemos amanhã na escola?

- Espero que sim! – Ela sorriu e me abraçou tão forte quanto antes.

Após me soltar, virou-se e deu cinco passos em direção à saída. Faltavam mais cinco passos para finalmente chegar à porta quando ela parou por dois segundos, deu meia volta e veio correndo em minha direção. Quando chegou perto o bastante, entregou-me um beijo no rosto.

– Tchau, Matt! – Disse ela, sorridente. Virando-se novamente em direção à porta.

- T-Tchau, Cass... – Respondi, sorrindo de orelha a orelha com as mãos na bochecha em que ela beijara. Minha voz quase não saiu.

- Acho que ela gosta de você! – Disse Gih, dando-me amigáveis socos no braço, enquanto Cass fechava a porta e tomava o rumo de sua casa. Nem percebi ela se aproximar.

- Hã? – Me fiz de desentendido. – Você tá viajando!

- Ah, claro! – Respondeu Gih, debochando – Muito bobinho você, claro.

- Por que não foi leva-la em casa? – Jon brotou do nada.

- E ai? – Dave também. – Deu uns beijos nela, cachorrão?

Parecia que eles tinham me observando durante todo o tempo em que estive com Cassandra, apenas esperando ela ir embora para surgirem e me deixarem extremamente constrangido.

- Meu deus! – Eu disse, forçando uma cara de indignação. – Calem a boca, idiotas!

- Idiota é você! – Disse Jon, revirando os olhos com sua clássica levantada gay de sobrancelha de braços cruzados. Sempre sério e fabuloso. – As ruas são perigosas demais para uma garota como ela ir embora sem companhia. Francamente... Por que não se ofereceu para leva-la em casa?

Realmente, pensei. Por que não me ofereci para leva-la em casa? Droga...

- Esse momento pede uma música! – Disse Dave, correndo em direção ao notebook ligado ao aparelho de som. – Ai Matt, essa é pra você!

"I... want to kill... everybody... in the world..."

"Eu... quero matar... todos... neste mundo...".

- Boa! – Gritei para ele, levantando os braços em comemoração. Kill Everybody do Skrillex era com certeza minha música favorita.

Dave, Gabe e Vinny começaram a pular e dançar loucamente. Até mesmo o tio Lincoln arriscou alguns passos junto da tia Cassie e os vizinhos.

- Ai... Ai... – Resmungo Jon. Ele odiava festas onde as pessoas dançavam ao invés de ficarem encostadas na parede falando sobre RPG e alienígenas.

Gih me puxou para "pista de dança" e começamos a pular junto com o resto da galera. Tentei puxar Jon, mas tudo o que ele fez foi dar de costas e dizer: "Me poupe!".

Meu corpo estava lá, mas minha mente ainda pensava em Cassandra. Mal podia esperar para vê-la de novo.

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Esse foi o terceiro capítulo de um livro que está sendo escrito pelos autores Matheus Ramos e Rômulo Fernandes, intitulado "Monstros em Meus Ombros". Ele entrou em contato conosco para que pudêssemos trazer a história pro blog para que vocês possam nos dizer o que acharam até então. Aguardem os próximos capítulos em breve!

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