CREEPYPASTA - ESTRADA PARA O INFERNO

 

Saí do trabalho naquela noite, era pouco mais das 22h. Estávamos eu e alguns colegas de trabalho, planejávamos ir para uma festa. Trocamos de roupa nos vestiários do local e fomos para a parada de ônibus, como de costume.

                  Olhei em meu relógio e eram exatamente 23h, quando um ônibus passou. Entramos nele eu e meus amigos, todos animados pela noitada que iria se seguir quando chegássemos na festa. Sentamos todos na parte detrás do ônibus, zoando e rindo alto. Não existiam muitos passageiros ali, e o motorista também parecia ser calmo. Na verdade, só havíamos meus 4 amigos, eu e mais uma velha, que dormia com a cabeça encostada na janela.

                  Após um tempo, percebemos que a cidade pareceu ficar mais escura. Apenas a luz do ônibus iluminava a estrada, o que era extremamente estranho. Porém, como era noite, era comum que a cidade ficasse mais escura. Olhei para o lado e parecíamos estar em uma estrada para outra cidade. Perguntei de meus amigos qual o risco de termos pegado um ônibus intercidades, eles disseram que era algo mínimo e talvez na escuridão, o caminho pudesse parecer diferente.

                  Continuamos conversando e após isso, as luzes da frente do ônibus apagaram, ficando apenas as de onde estávamos. Aquilo começou a realmente ficar bizarro a partir dali. Meus amigos homens, que eram dois, começaram a questionar o motorista, mas ele não falou nada e apenas continuou seguindo caminho. Eles foram para o lado da frente e o motorista freou de forma brusca. Um dos meus amigos simplesmente teve seu corpo arremessado para o lado de fora do ônibus, atravessando o vidro. Minhas amigas e eu gritamos, e o motorista acelerou. Eu juro ter sentido quando a roda passou por cima do corpo dele.

                  Uma de minhas amigas tentou ligar para a polícia, mas a ligação falhou. Logo após, o ônibus parou do nada e o motorista ficou apenas ali, estático. A porta traseira do ônibus abriu e todas as luzes apagaram; então observamos um carro parar ali atrás. O meu outro amigo desceu do ônibus, achando que poderia pedir ajuda, e minhas duas amigas ficaram comigo no ônibus, observando. Alguns homens desceram do carro e atiraram nele, fazendo-o cair no chão e se dirigindo ao ônibus.

                  Puxei as duas para baixo e me escondi debaixo do banco que estava em minha frente. Porém, não deu tempo de elas fazerem o mesmo. Um dos homens entrou e puxou uma delas pelas pernas. Ela tentou lutar, mas ele era muito forte. As duas foram arrastadas para fora, enquanto eu só conseguia ver os pés dos homens e suas botas pretas. Tentei controlar minha ansiedade com tudo aquilo acontecendo e sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, junto com o suor. Os homens pararam por um momento perto de onde eu estava e achei que tinha acabado. Porém, quando vi, o rosto de um deles já estava próximo ao meu. Ele não falou nada, apenas me pegou pelos cabelos, me puxando enquanto eu gritava.

                   Acordei com a voz de minha amiga me chamando, dizendo que eu tinha dormido no ônibus. Eu estava suada e assustada, e meus amigos começaram a rir e me zuar. Passado o susto, sorri para eles e entrei na zoeira. Olhei em meu relógio e eram 23h05min. Foi a última coisa que vi antes de sentir o impacto do ônibus batendo em algo e os vidros estourando ao nosso redor.